“Beleza técnica marca um dos concorrentes a Melhor Filme do Oscar deste ano.”
Por Luís Gustavo Fonseca
Algo que eu acho bacana no Oscar é que quando sai a lista de indicados, sempre surge uma ou duas obras que você pensa “Mas que filme é esse? De onde ele saiu?” Mesmo que você tenha outras preferências, não deixa de ser uma chance de você conhecer outras produções que, se não fosse isso, passariam totalmente despercebidas.
Brooklyn é um exemplo disso. A produção britânica foi indicada em 3 categorias (Melhor Atriz, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor filme) e narra a história de Eilis (Saoirse Ronan), uma irlandesa que deixa seu país natal para tentar uma vida melhor nos EUA. Após um primeiro momento, a jovem acaba se adaptando ao seu novo lar. Tudo muda, contudo, quando ela precisa retornar a Irlanda e deve decidir sobre qual o melhor futuro para ela.
A obra se destaca, sobretudo, pela sua beleza técnica. A fotografia é competente em demarcar, visualmente, os dois lugares (uma Nova York mais colorida em contra partida a uma Irlanda mais cinzenta), refinanda por um figurino caprichado. A direção de John Crowley é precisa e certeira na direção de atores, garantindo uma condução tranquila de um drama romântico que não chega a ser clichê.
Se Brooklyn não é o meu concorrente favorito da briga pela estatueta de Melhor Filme, a atuação de Saoirse Ronan é uma das que mais me agrada na corrida por Melhor Atriz. Com apenas 21 anos, ela já alcança a sua segunda indicação ao prêmio, em uma de suas melhores atuações. Apenas torço para que ela continue com essa pegada de papéis em filmes mais independentes, onde seu talento é melhor explorado.
Por fim, a obra mantem a tradição de bons filmes britânicos que figuram na lista entre os concorrentes de Melhor Filme nos últimos anos, como A Teoria de Tudo e Philomena. A Rainha agradece.
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